O Desespero Humanista na Obra de Miguel Torga, 1955 Coimbra, Coimbra Editora
“Este ensaio, [“O Desespero Humanista de Miguel Torga e o das Novas Gerações”] acolhido com algum interesse por pessoas que o seu autor respeita, ressente-se de uma ambiguidade estética notória. O epíteto “humanista” aplicado ao desespero que o autor atribui à poesia de M. Torga, não foi percebido pela generalidade dos leitores e críticos, continua...
“17 de Setembro de 48

Espero na ante-sala insignificativa do consultório de M[iguel] T[orga]. Espero coisa alguma que não vim cá fazer nada senão auscultar uma solidão idêntica à minha. Ou por outra idêntica não que jamais haverá em mim uma tão obstinada certeza dum destino poético como em M[iguel] T[orga].
continua...